“OLHAR DO EDUCADOR E NOVAS TECNOLOGIAS[1]”
O texto abaixo foi produzido como parte das atividades do Programa Mestrado em Educação-UNISO. A leitura critica desse artigo (28 Ago.2012 - PPGE) tem por finalidade identificar as motivações, contextos e as argumentações do autor.
As práticas do ensino nas salas de aulas mediadas por
aparatos tecnológicos vêm causando uma turbulência nas relações
professor/tecnologia/aluno. O uso desses suportes tecnomidiáticos requer uma preparação adequada por parte do
professor, fato que por muitas vezes não ocorre e chega até mesmo a causar uma
resistência por parte do docente. Doutro lado, estão os alunos conectivos
ladeados por aparatos tecnológicos, porém, por muitas vezes, não conseguem
utilizá-los de modo inteligente, critico e criativo. Nesse meio existe um vazio
que deveria estar preenchido pelo potencial que essas tecnologias possibilitam na
pratica escolar.
É nesse contexto que o autor lança o “olhar do educador”;
como podem ser identificadas e utilizadas as oportunidades educacionais que tem
o aluno como centro das atenções sem sucumbir às tentações dos modismos
tecnológicos.
Nesse novo olhar, não cabem extremos: nem de resistências,
nem de adoção critica. O aluno nem sempre tem razão, nem o professor, pondera o
autor.
Essas resistências tem sido mais frequentes por parte dos
professores, em geral pelo despreparo em transitar pelos ambientes virtuais de
aprendizagem (AVA), já que alunos tem essa “navegação” como parte integrante do
seu cotidiano. É nesse ambiente “expressivo
2.0” que transitam consumidores e ao mesmo tempo produtores,
professores e alunos vorazes por produtos virtuais. Essas gerações nem sempre
se mostram tão hábeis principalmente no que se referem às potencialidades de
aprendizagem.
O letramento digital, nesse texto tratado como alfabetização
digital, pressupõe capacidade de apropriação cultural e suas representações com
um conhecimento culturalmente valorizado; as interpretações baseadas em formas
compartilhadas quando internalizadas, tornam-se disponíveis para o uso pessoal.
A prática digital possibilita esse letramento colaborativo
através do processo continuo de desenvolvimento em diferentes contextos.
Dependendo desse contexto, se estabelecem relações de “praticas sociais
situadas”, alicerçadas pelas ações e reações, provocando uma autotransformação
no sujeito e promovendo a elevação do seu capital social.
O uso das mídias multimodais requer um novo olhar do
educador que precisa postar-se diante do aluno de forma menos resistente e mais
balanceada e que saibam utilizar essas tecnologias para o eficaz aprendizado
por parte dos alunos e professores. Ele deve adotar uma autocrítica no sentido
de procurar estar à altura da nova geração. É indispensável, assegura Demo,
saber acompanhar as novas tecnologias e lidar com elas positivamente, pois
professores analfabetos digitais estão ficando naturalmente para trás porque se
colocam fora do tempo e perdem a chance de “educar”; para acompanhar essa nova “geração
2.0”, é imprescindível mudar o professor em primeiro lugar, conclui o autor.
[1]
DEMO, Pedro. B. Téc. Senac: a R. Educ. Prof.,Rio de Janeiro, v. 37, nº 2,
mai./ago. 2011. Disponível em <www.senac.br/conhecimento/periodicos.html>